"Aba, tudo te é possível, afasta de mim este cálice! Contudo, não se faça o que eu quero , mas o que tu queres" Toda vez que algo muito grave ocorre ao meu redor recorro a esta passagem, e cada vez que a leio, algo diferente me chama a atenção. Neste momento a dor da perda e a clemência à misericórdia me rondam. E ao olha-la vejo Jesus suplicar pelo impossível, aqui temos uma prova de que não temos um tratado. Se somos fiéis podemos sim, alcançar o impossível, mas em seguida me deparo com a "Sua vontade". É , percebo aqui que há situações em nossa vida que precisam acontecer, Deus conhece mais de mim do que eu mesmo, já dizia Santo Agostinho, devemos saber reconhecer Deus em nossa vida e a sua vontade. Na passagem Jesus pede a seus discípulos que ore e vigie, isto evitaria o destino de Jesus? Não. Mas os fortaleceria quando presenciassem aquele momento... Pedro dormiu, o negou. Não quero dormir, quero orar e vigiar e ver a vontade de Deus acontecer, clamando para que o impossível se realize. Amar a Deus requer confiança em seus propósitos, pois ainda que nos desviássemos deles sua misericórdia é capaz de nos alcançar se soubermos voltar. Jesus nos ensinou a pedir que não nos deixeis cair em tentação, e em seguida vemos o teor maravilhoso da misericórdia de Deus nessa oração, pois Ele recita "livrai-nos do mal." Deus conhece a nossa fraqueza, Ele experimentou isso, pois mesmo sendo Deus quis que o afastasse do cálice, quis ser livrado do mal. Ele conhece nossa tendência a cair em tentação, conhece nosso coração, nosso desespero e nos socorre com sua misericórdia. Por isso jamais abandono a crença em sua misericórdia, pois quero vê-lo livrai-nos do mal, quero vê-lo realizar o impossível. Eu creio, eu confio.
